Nunca pensei que poderia chamar Albert Einstein de colega na propriedade intelectual. Este meu atrevimento se justifica (um pouco) ao me aprofundar na história deste gênio.
Terminei de ler neste final de semana o livro "Einstein: Biografia de um gênio imperfeito" de David Bodanis. Entre as diversas biografias do físico, esta tratava mais no lado humano de Einstein em sua genialidade. Com seus defeitos e imperfeições. A chegada de um gênio ao ápice, seu declínio, o modo como lidou com o fracasso e a perda da confiança.
Mas o que quero falar neste artigo não é da biografia do físico genial Einstein, material vasto na internet, mas apenas de uma fase, que normalmente não é enfatizada em sua história. Quero falar de Albert Einstein, o examinador de patentes.
Einstein entrou na faculdade cedo, aos 17 anos. Quatro anos depois já estava formado professor de Física na Instituto Politécnico de Zurique. Mas não pensem que foi tudo genialidade e alto reconhedimento.
Albert graduou-se em 1901 com dificuldades. Einstein não gostava dos métodos de instrução de lá. Frequentemente não assistia as aulas, usando o tempo para estudar Física ou tocar seu adorado violino. Seus professores não o tinham como grande aluno e não o recomendariam para uma posição na Universidade. Por dois anos Einstein trabalhou como tutor e professor substituto.
Os 7 anos de Einstein no Escritório Federal de Propriedade Intelectual
Em junho de 1902, Einstein recebeu a carta que esperava impacientemente: uma resposta positiva em relação à sua candidatura a perito técnico em patentes – classe III no Escritório Federal de Propriedade Intelectual de Berna.
Um mês depois, examinava invenções submetidas à patenteabilidade em seu famoso púlpito na sala 86, no terceiro andar do prédio da esquina da Speichergasse com a Genfergasse. O diretor da época, Friedrich Haller, era muito rigoroso. No entanto, Einstein apreciava o caráter robusto, mas ao mesmo tempo benevolente, lógico e consistente de seu superior, que parecia estimular as tendências críticas naturais de Einstein.
Einstein foi contratado como assistente técnico, nível III, em 23 de junho de 1902. Ganhava 3.500 francos por ano. Quando foi promovido a assistente técnico, nível II, em 10 de março de 1906, seu salário aumentou para 4.500 francos por ano. Em 16 de julho de 1909, ele pediu demissão e começou a ocupar o cargo de Professor Extraordinário em física teórica na Universidade de Zurique.
Einstein foi também inventor, projetista, perito judicial e consultor de empresas. Entre 1928 e 1934 registrou em sete países (Alemanha, Áustria, França, Grã-Bretanha, Hungria, Estados Unidos e Suíça) 21 pedidos de patentes.
Um claustro mundano
O emprego no Escritório Federal de Propriedade Intelectual – Einstein se referia a ele ironicamente como seu “comércio de sapateiro” – acabou sendo um golpe de sorte porque era muito bem pago e pouco exigente para seu inteligência ágil. Ele se referia ao Escritório Federal de Propriedade Intelectual como "aquele claustro mundano onde criei minhas mais belas idéias". Com sua cortesia e modéstia e sua abordagem bem-humorada da vida, Einstein era muito querido.
Dos artigos científicos nasce o reconhecimento mundial
Em 1905, ainda trabalhando no Escritório Federal de Propriedade Intelectual, o mundo tomou conhecimento de sua genealidade com cinco artigos publicados na revista científica alemã "Annalen der Physik".
No mesmo ano recebeu seu grau de Doutor pela Universidade de Zurique por uma dissertação teórica a respeito das dimensões de moléculas, e também publicou 03 trabalhos teóricos de grande importância para o desenvolvimento da Física do século XX.
No primeiro desses trabalhos, sobre o “Movimento Browniano”, ele realizou previsões significantes sobre o movimento de partículas distribuídas aleatoriamente em um fluido. Tais previsões seriam confirmadas posteriormente, através de experiências... mas estas já são outras histórias deste gênio.
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Alexandre Limeira
Diretor
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